terça-feira, 4 de maio de 2010

Destruição da camada de ozono

O ozono (03) é um gás azulado da família do oxigénio e resultante da separação das moléculas deste último componente gasoso provocada por certas radiações emitidas do Sol. Cada um dos átomos resultantes dessa separação recombina-se com o oxigénio molecular, originando-se assim o ozono.
Embora em muito pequenas quantidades, o ozono existe também na baixa atmosfera, onde pode ser produzido por descargas eléctricas da atmosfera (relâmpagos). Contudo, ele acumula-se na sua quase totalidade na camada que vai dos 20 km aos 50 km e que, por isso, é designada por camada de ozono.
Apesar da sua reduzidíssima quantidade, o ozono assume um papel fundamental na sobrevivência da humanidade. Absorvendo grande parte das radiações ultravioletas (mais de 95%), impede que estas atinjam a superfície terrestre em quantidades demasiado elevadas, o que a acontecer provocaria anomalias nos seres vivos, como o cancro da pele, deformações, atrofia, etc.
Em quantidades muito elevadas, tornar-se-iam mortais pelas graves queimaduras que por elas seriam provocadas. Todas as células acabariam por ser então destruídas, o que impossibilitaria a existência das formas de vida actualmente conhecidas no nosso planeta.


No entanto, em quantidades muito pequenas, as radiações ultravioletas são úteis à vida, contribuindo para a produção da vitamina D, indispensável ao normal desenvolvimento dos ossos. Nos anos 80, confirmou-se que o ozono está a ser progressivamente destruído, com a consequente rarefacção da camada onde este importante gás se concentra (camada do ozono).


Essa destruição é provocada por produtos químicos libertados pela actividade humana, especialmente os que contêm cloro e os chamados clorofluorcarbonetos (CFC), gases constituídos por cloro, flúor e carbono, muito utilizados em frigoríficos, aparelhos de ar condicionado, indústria electrónica, produção de espumas sintéticas usadas no combate a incêndios, artigos de limpeza, etc.
Os CFC podem subir até à estratosfera sem se modificar. Mas, chegando ali, a radiação ultravioleta quebra as suas moléculas e liberta os átomos de cloro, que reagem com o ozono, destruindo-o. Claro que o enfraquecimento da camada de ozono, facilitando a passagem das radiações ultravioletas, faz com que estas cheguem em maior quantidade à superfície do Globo, com os graves perigos já referidos.
O chamado "buraco do ozono", que designa a camada de ozono muito fina sobre a Antárctida, surge com maior nitidez na Primavera e Outono.
- Imagem computorizada, que mostra o enfraquecimento da camada de ozono, originando o chamado "buraco do ozono".

João Martins

Len Peters

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